Piaget

Jean Piaget revolucionou as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças. Utilizava um teste que designava de IDADE MENTAL- onde proponha as crianças determinadas tarefas, medindo depois a sua inteligência. Reparou que crianças das mesmas faixas etáriasb erravam nas mesmas questões (forma como respondiam, raciocionavam era muito semelhante). Conclui, então, que a inteligência era mais qualitativa do que quantitativa).
Interessou-se fundamentalmente pelas relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer. Considerou-se um epistemólogo genético porque investigou a natureza e a génese do conhecimento nos seus processos e estágios de desenvolvimento.
De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas derivando cada estrutura de estruturas precedentes. Ou seja, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio.
Essas construções seguem um padrão denominado por Piaget de ESQUEMAS COGNITIVOS que seguem idades mais ou menos determinadas. Todavia, o importante é a ordem dos estágios e não a idade de aparição destes.
Período Sensório-motor (nascimento- 18meses/2anos):
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebé começa a construir esquemas de acção para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo são construídas pela acção. O contacto com o meio é directo e imediato, sem representação ou pensamento.
Permanência do objecto - Se colocarmos um objecto à frente da criança ela tenta apanhá-lo. Depois, mesmo à sua frente, tapamos o mesmo com um pano. A criança perde o interesse do objecto pois não sabe que ele lá está. A busca visual vai-se desenvolvendo por volta dos 5 até aos 18/19 meses.
Exemplos:
O bebé pega o que está à sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objecto, pega-lo e leva-lo a boca.
Período pré-operatório (2 - 6/7 anos) :
Piaget

Essas construções seguem um padrão denominado por Piaget de ESQUEMAS COGNITIVOS que seguem idades mais ou menos determinadas. Todavia, o importante é a ordem dos estágios e não a idade de aparição destes.
Período Sensório-motor (nascimento- 18meses/2anos):
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebé começa a construir esquemas de acção para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo são construídas pela acção. O contacto com o meio é directo e imediato, sem representação ou pensamento.
Permanência do objecto - Se colocarmos um objecto à frente da criança ela tenta apanhá-lo. Depois, mesmo à sua frente, tapamos o mesmo com um pano. A criança perde o interesse do objecto pois não sabe que ele lá está. A busca visual vai-se desenvolvendo por volta dos 5 até aos 18/19 meses.
Exemplos:
O bebé pega o que está à sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objecto, pega-lo e leva-lo a boca.
Período pré-operatório (2 - 6/7 anos) :
Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . Caracteriza-se, principalmente, pela interiorização de esquemas de acção construídos no estágio anterior (sensório-motor).
A criança deste estágio:
- É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue colocar,se, abstractamente, no lugar do outro.
- Monólogos colectivos (por exemplo, quando vamos a um infantário e parece-nos que estão todos a conversar uns com os outros, na verdade cada um está a falar consigo mesmo)
- Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "porquês").
- Já pode agir por simulação, "como se".
- Possui percepção global sem discriminar detalhes.
- Deixa se levar pela aparência sem relacionar factos.
Exemplos:
Mostram-se à criança, duas bolinhas de plasticina iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de plasticina continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
Período Operações Concretas (6/7 - 11/12 anos) :
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstracção. Para eles é tudo muito literal.
Desenvolve a capacidade de representar uma acção no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
Exemplos:
despeja-se a água de dois copos noutros outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a acção.
Período das Operações Formais ( a partir dos 11/12 anos) :
A representação agora permite a abstracção total. A criança não se limita só à representação imediata nem só às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente procurando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.
Noutras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam o seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem duma galinha a comer grãos.